Olá tripulantes! Tudo bem?
Para nossa alegria temos mais uma entrevista exclusiva no blog e aquele que vai caminhar um pouco por aqui é um verdadeiro andarilho, um grande cara que não se importou em atravessar o país atrás de seu sonho. Seu exemplo é um incentivo e tanto para todos que almejam trabalhar com quadrinhos.
Conheçam Paulo Teles Yonami, o "andarilho das HQs", que faz de Cards para a Marvel a quadrinhos para editoras americanas e europeias:
M.R.G: Paulo Teles Yonami, ilustrador e quadrinista. Criador da personagem Leona. Fale sobre sua produção autoral e de seu trabalho no mercado de quadrinhos e ilustração:
P. Yonami: Olá Marcio, é um prazer enorme estar aqui com você, e com seus leitores. Bom, criei a Leona em meados de 2001 quando ainda estava no ensino médio. Como todo personagem em nível de criação,ela passou por várias mudanças até chegar a nossa adorável "Bruxa da Meia-Noite". Como muitos conhecedores da personagem já sabem, Leona é uma viajante do tempo que busca por sua mãe perdida no espaço-tempo acompanhada de sua fiel zumbi aprendiz: Karmen.
Comecei no mercado de quadrinhos em 2005 quando fui convidado pela Manga Graphix para produzir um mangá americano chamado "Witch Girls" escrito por Malcolm Harris. Cheguei a fechar um volume de aproximadamente 20 páginas mas logo em seguida preferi me focar nos estudos por conta da faculdade. Em 2009 entrei para a Glass House Graphics e comecei a me concentrar firmemente nos quadrinhos. Já pela GHG publiquei um mangá chamado Diver Down pela Stone Arch Books. Ainda em 2009 conheci o diretor de cinema Felipe D'Andrea que tinha um projeto muito interessante de HQ nacional baseada numa versão moderna do folclore brasileiro escrito por ele mesmo com co-autoria de Carla Chaubet intitulada O Monstro do Armário.
Em 2010 tive a oportunidade de conhecer pessoalmente etrabalhar diretamente com David Campiti (CEO da GHG) em seus projetos pessoais como Warlords of Oz e Warharbinger Blue.
Em 2012 comecei a trabalhar na HQ francesa RAGE, a qual já desenhei #6 volumes contando com a participação de grandes coloristas como Aikau Oliva e Nino Sempa. Em paralelo a isso faço alguns trabalhos com sketch cards para Marvel (tais como Marvel Greatest Battles e Fleer Retro) junto à equipe de grandes artistas da agência. Atualmente estou trabalhando em amostras da X23 e um projeto - Grimm's Fairy Tales para a Galaxy Graphix, e claro Rage#7.
M.R.G: Se for possível definir que tipo de arte faz e de que forma, como faria?
P. Yonami: Comecei com mangá, no básico mesmo, usei referências de To Nakazaki e Falcoon, depois fui estilizando e misturando com um pouco de comics pegando bastante da influência de Stuart Immonen, tanto no lápis quanto na arte-final, atualmente venho misturando o comics com cartoon, afim de manter um estilo mainstream por ter maior aceitação comercial.
M.R.G: Você percorreu um longo caminho (literalmente, de Manaus a São Paulo) atrás de seus objetivos como artista. Fale sobre sua formação?
P. Yonami: Sou graduado em Design Gráfico e Técnico em Mecânica Industrial, mas, se formos falar sobre como aprendi a desenhar, devo isso aos queridos amigos da Hyper Comix - Jucylande Jr. e João Vicente, que me ensinaram tudo o que sabiam sobre desenho e quadrinhos, além é claro de me ajudarem a ser uma pessoa melhor. Depois disso, meu conhecimento foi basicamente adquirido conversando com outros artistas, como minha grande amiga Amelia Woo, e os amigos também artistas da GHG. Também aprendi muito com a ajuda de David Campiti que sempre me ensina sobre as tendências do mercado. Gosto de dizer que tenho a sorte de sempre poder aprender com os melhores ao longo dos anos.
M.R.G: Um destino importante de seu trabalho é o exterior, como você vê o mercado internacional e o nacional de quadrinhos e ilustração?
P. Yonami: O mercado internacional vive em constante mudança, os artistas precisam se reciclar constantemente. Recentemente eu fiz um novo estudo de meu trabalho para me adaptar. A parte boa é que o mercado internacional sempre está aberto aos novos e promissores talentos.
P. Yonami: Comecei com mangá, no básico mesmo, usei referências de To Nakazaki e Falcoon, depois fui estilizando e misturando com um pouco de comics pegando bastante da influência de Stuart Immonen, tanto no lápis quanto na arte-final, atualmente venho misturando o comics com cartoon, afim de manter um estilo mainstream por ter maior aceitação comercial.
M.R.G: Você percorreu um longo caminho (literalmente, de Manaus a São Paulo) atrás de seus objetivos como artista. Fale sobre sua formação?
M.R.G: Um destino importante de seu trabalho é o exterior, como você vê o mercado internacional e o nacional de quadrinhos e ilustração?
P. Yonami: O mercado internacional vive em constante mudança, os artistas precisam se reciclar constantemente. Recentemente eu fiz um novo estudo de meu trabalho para me adaptar. A parte boa é que o mercado internacional sempre está aberto aos novos e promissores talentos.
Quanto ao mercado nacional, não vou negar que sempre fui absurdamente cético, mas atualmente, estou assistindo uma reviravolta no mercado, especialmente com lançamentos de graphic novels como a excelente "Turma da Mônica: Laços" de Victor e Lu Cafaggi, chegando às livrarias brasileiras. Acredito que o mercado nacional está mudando para melhor, e honestamente, como artista e como brasileiro, vejo isso como algo maravilhoso, como algo que, nós artistas, há muito tempo esperávamos.
M.R.G: Você se enxerga como alguém que influencia artistas iniciantes?
P. Yonami: Hahahahaha! Brincadeiras à parte, acho que seria pretencioso da minha parte pensar assim. Na verdade, quando ajudo os novatos que vêm a nós na GHG, tento auxiliar indicando referências de vários artistas, inclusive mostrando como eu resolveria algumas sequências de ação e layout através de minhas próprias páginas, se isso é de certa forma alguma influência, eu diria que sim. E uma satisfação para mim, poder influenciar no trabalho de um desses novos talentos.
M.R.G: Quais são suas principais influências? De onde tira inspiração?
P. Yonami: Atualmente minhas maiores influências vêm de artistas brilhantes e distintos, tais como o grande mestre Alessandro Barbucci (Skydoll), Jason Pearson (Body Bags), Chris Bachalo (Death, X Men) e o grande Tetsuo Hara (Hokuto no Ken), que até hoje me ensina a fazer cenas de luta! (Um amigo costuma dizer que a inspiração dele aparece quando ele olha a conta bancária dele todos os meses e as contas a pagar em cima da mesa) Mas, na verdade gosto de usar facilitadores pra desenhar, como a música. Costumo pensar numa música que se encaixe naquela cena que tenho de desenhar e escuto durante o processo, isso me ajudar a desenvolver aquela arte.
M.R.G: Conheci você e o seu trabalho em uma época na qual o DeviantArt ainda era uma novidade no meio. Qual importância o site teve para sua formação como artista?
P. Yonami: O DeviantArt teve uma boa participação na minha profissão por conta dos contatos que pude fazer na comunidade, grande parte dos artistas que conheci lá são grandes amigos, muitos dos quais tive o prazer de conhecer pessoalmente.
M.R.G: Links para aqueles que desejarem conhecer mais seu trabalho:
M.R.G: Você se enxerga como alguém que influencia artistas iniciantes?
P. Yonami: Hahahahaha! Brincadeiras à parte, acho que seria pretencioso da minha parte pensar assim. Na verdade, quando ajudo os novatos que vêm a nós na GHG, tento auxiliar indicando referências de vários artistas, inclusive mostrando como eu resolveria algumas sequências de ação e layout através de minhas próprias páginas, se isso é de certa forma alguma influência, eu diria que sim. E uma satisfação para mim, poder influenciar no trabalho de um desses novos talentos.
M.R.G: Quais são suas principais influências? De onde tira inspiração?
P. Yonami: Atualmente minhas maiores influências vêm de artistas brilhantes e distintos, tais como o grande mestre Alessandro Barbucci (Skydoll), Jason Pearson (Body Bags), Chris Bachalo (Death, X Men) e o grande Tetsuo Hara (Hokuto no Ken), que até hoje me ensina a fazer cenas de luta! (Um amigo costuma dizer que a inspiração dele aparece quando ele olha a conta bancária dele todos os meses e as contas a pagar em cima da mesa) Mas, na verdade gosto de usar facilitadores pra desenhar, como a música. Costumo pensar numa música que se encaixe naquela cena que tenho de desenhar e escuto durante o processo, isso me ajudar a desenvolver aquela arte.
M.R.G: Conheci você e o seu trabalho em uma época na qual o DeviantArt ainda era uma novidade no meio. Qual importância o site teve para sua formação como artista?
P. Yonami: O DeviantArt teve uma boa participação na minha profissão por conta dos contatos que pude fazer na comunidade, grande parte dos artistas que conheci lá são grandes amigos, muitos dos quais tive o prazer de conhecer pessoalmente.
M.R.G: Links para aqueles que desejarem conhecer mais seu trabalho:
P. Yonami:
Galeria Glass House Graphics: GHG - Yonami
M.R.G: Pode deixar uma mensagem para aqueles que aspiram um lugar entre os ilustradores e quadrinistas?
P. Yonami: Muito obrigado pela oportunidade de estar aqui com vocês para esse bate-papo, especialmente com um amigo das antigas. Nunca deixem de acreditar que um dia vocês chegarão lá, feras. Com estudo, esforço e disciplina, vocês, com certeza, alcançarão seus objetivos, não apenas como artistas, mas como seres humanos. Lembrem-se: O caminho a seguir é tanto, mas o desejo de chegar é mais. ;)
M.R.G: Pode deixar uma mensagem para aqueles que aspiram um lugar entre os ilustradores e quadrinistas?
P. Yonami: Muito obrigado pela oportunidade de estar aqui com vocês para esse bate-papo, especialmente com um amigo das antigas. Nunca deixem de acreditar que um dia vocês chegarão lá, feras. Com estudo, esforço e disciplina, vocês, com certeza, alcançarão seus objetivos, não apenas como artistas, mas como seres humanos. Lembrem-se: O caminho a seguir é tanto, mas o desejo de chegar é mais. ;)
A satisfação é minha de dividir o espaço com um artista talentoso e grande amigo. Desejo sorte e muito sucesso nessa carreira que só está começando!
Agradeço aos amigos visitantes, peço gentilmente que comentem, sigam o
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Abraços e até o próximo post.
Marcio. R. Gotland
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