A arte contemporânea não se conclui no produto artístico, ela acontece quando está sendo confrontada com os homens, é sempre um meio, um processo inacabado que culmina na desestabilização, na ruptura dos padrões de pensamento. Uma estética que assuma a força rompedora dos rígidos sistemas alienantes acaba, por este caminho, assumindo sua função na construção de uma nova sociedade.
A função da arte vai além da estética, ela permeia o universo ético, político, social, tecnológico e econômico.
A função da arte vai além da estética, ela permeia o universo ético, político, social, tecnológico e econômico.
Com esta instalação, pretendo provocar questionamentos pertinentes ao homem dedicado ao trabalho, vítima da exploração, vítima da cadeia alimentar animal-humana, onde, como proclamou Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
Como recompensa por sua vida dedicada a produção mecânica dos sonhos dos outros, o homem recebe, por cumprir o castigo divino, a esperança de que “o trabalho é uma dádiva, e tudo fica melhor quando sua fotografia é afixada para todos os colegas e clientes virem que ele é “O melhor funcionário do mês.”
3ª Bienal do Alto Tietê – de 26 de Março a 13 de Maio de 2007 – Praça dos Eventos – Poá – SP
Márcio Rogério. Comemorando, Instalação: Pintura digital sobre fotografia, madeira e vidro. 1,66 m x 2,22 m x 80 cm.
Marcio. R. Gotland
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